Em novo disco, Brandon Mitchell traz diversas abordagem do hip-hop

Tem artistas que apostam em gêneros bastante explorados, mas com ideias diferentes. Muitos deles querem se acomodar na onda que esse estilo vive e outros são mais ousados, querendo mostrar sua forma de abordar. Ambos são válidos, desde que o artista conheça e viva a cena, até porque do contrário, a música não soará honesta, muito menos de qualidade.

Brandon Mitchell se encaixa na segunda leva. Um amante do hip-hop, em seu mais novo disco ele apresenta um trabalho com conhecimento de causa e uma identidade que ele ainda mostra estar moldando. O resultado surpreende não porque se esperava pouco dele, mas sim por atingir um nível muito acima da média.

Não obstante à sonoridade, ele também é um mestre em criar letras e aqui traz praticamente algo conceitual. Se bem que o hip-hop em si já é algo conceitual, pois nenhum estilo descreve melhor a vida do que tal. E é isso que ouvimos aqui, em “Gametime”.

Trilhando cada faceta do estilo, “Gametime” Conta uma história de vida do ponto de vista de um homem cujo caráter é moldado por vitórias e derrotas. Cada música foi feita com a intenção de inspirar por meio da positividade, espiritualidade e franqueza.

A música de abertura, “Gametime title track” é um épico e abre o disco com imponência. De batida sucinta, traz em seu fundo um trabalho orquestrado que serve perfeitamente como um cartão-de-visitas. A música prima por trazer linhas vocais típicas e bem desenvolvidas, já deixando uma ótima impressão.

“Sugar” é mais uma que chama atenção, onde ele surfa pelos lados do hip-hop alternativo, com uma veia mais moderna e toques consistentes de R&B. De boa dinâmica, a música soa sofisticada e encanta pelo seu fundo requintado, como toques claros de soul. Tudo sem perder a essência do estilo.

Ainda há influências de músicas globais, como podemos perceber em “Right Back” e seu fundo com claras referências à afromusic. Enquanto isso, “Buried Underneath” ganha conceitos ‘old school’, soando como um verdadeiro deleite aos fãs de rap. Tudo sem que Mitchell perca a identidade, algo que ele possui e com força.

Outros destaques ficam para “What We Doin”, um rap que também bebe na fonte do ‘old school’, “Brooklyn’s Song” que ganha contextos do soul e experimental, além de “We Already Won”, que não poderia ser outra faixa a fechar o disco, com sua mensagem totalmente positivista. Jogo ganho nessa empreitada cativante. Ouça e tire suas próprias conclusões.

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