Algumas canções surgem em nossa vida, como se servissem de aviso e também, uma lembrança. Pontos que nos impactam e permanecem no nosso íntimo, nos questionando e, de certo modo, procurando um remédio que cicatrize aquele espaço ferido.
“Devil” chega como um desabafo, uma busca por redenção de uma etapa difícil na vida de Bradford, vocalista e guitarrista da banda americana, MINT. Seu vício quase o levou deste mundo e causou muitos problemas para ele, certamente, e às pessoas ao seu redor.
A faixa é uma bela construção. Tem todos os ingredientes de uma grande sonoridade: o crescente inicial, muita emoção, a bateria veemente e o encerramento com vocais femininos; é muito comovente. Tudo orquestrado com cuidado e um sentimento transparente, o que faz todo sentido, já que essa reunião demorou a acontecer. O encontro da MINT veio após um hiato de seis anos.
“Devil” é uma narrativa pessoal, que nos toca, justamente porque já observamos seu enredo, e todo o contexto da composição, muito próximo a nós. Assim como acontece em muitos lares ao redor do mundo, a busca incessante e dura, em encontrar a salvação, acabar com todo o mal que paira sobre a existência, não foi e infelizmente, não será só a dele. Há muitos Brads lutando pela vida, aí fora. Lutando para abandonar uma forma de viver, que é muito sofrida. O vício é perigoso.
Posso afirmar que a música, enquanto arte, é uma belíssima apresentação da banda. De fato. Indie, pop, rock; uma mistura que funciona graciosamente na performance. Mas gostaria de ressaltar a mensagem de “Devil”, que notoriamente, é poderosa.
Aproveite, ouça e emocione-se com o excelente trabalho de MINT.
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