Crux fala de masculinidade tóxica misturando os opostos punk e progressivo em novo single

Bem versátil o trabalho dos britânicos do Crux, quarteto formado em Newcastle. Além disso, este novo single causa uma impressão inicial que jamais será repetida nas próximas audições, pois descobre-se um novo elemento e contexto musical diferente em cada uma delas.

Isso é que faz de “Radgie Gadgie” uma composição espetacular, onde a banda mescla alguns estilos opostos, tais como o punk (mais precisamente o ‘horror punk’) com o progressivo, sempre experimentando, além de dar leves toques de psicodelismo à composição.

A faixa traz riffs com um teor punk clássico, além da levada de bateria rockabilly, com direito a um baixo direto, mas com leves ‘grooves’ e um ritmo um tanto quanto obscuro. Os teclados enfatizam essa obscuridade, mas incorporam alguns elementos progressivos e viajantes, que nos remetem às bandas psicodélicas de space rock. O ouvinte mais atento notará influências de “In The Hall of the Mountain King”, de Edvard Grieg, nos arranjos.

“Radgie Gadgie” é uma gíria ‘Geordie’ (apelido de quem nasce no nordeste inglês, onde fica Newcastle) para ‘Homem Agressivo’. O nome é uma ‘homenagem’ à masculinidade tóxica, que está cada vez mais em voga na sociedade, e os traumas que ela causa.

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