Cringetrender prestes a lançar disco consolidador

É sempre bom receber trabalhos de qualidade, óbvio. Mas, quando um trabalho tem um mote de agregar tanto artisticamente, quanto musicalmente, o negócio fica ainda melhor. Afinal de contas, une o útil ao agradável, oferecendo musica de qualidade e conscientizando sobre assuntos pertinentes. E temos em mãos algo do tipo.

Diretamente da austrália vem Cringetrender, que tem Bedlam Rigney, da Austrália, como sua mente pensante. Vinda de Kauna Yerta, desde quando era adolescente, ela primou por lutas políticas inclusivas, conscientizando sobre saúde mental, chegando a se tornar sem-teto ainda nesse período, com dezessete anos. Isso mostra que vivência ela possui.

A temática de seu mais novo disco, o vindouro “Take Your Meds” mergulha nas lutas cruas de viver com uma doença mental, apresentando um retrato honesto e inflexível de dor, resiliência e sobrevivência. O álbum é parte de uma narrativa maior, com outros dois subsequentes planejados para explorar os temas de cura e a percepção de que a recuperação raramente é um caminho reto.

Isto é, um tema mais do que importante e comum no mundo atual, afinal de contas as enfermidades da psique têm assolado este mundo caótico e desumano. Nada melhor como expor isso e a música, como uma das melhores fontes de manifestação, ser esse canal.

Porém, não seria nada legal caso a sonoridade do disco, que ainda não foi lançado, fosse ruim. E estamos longe disso, pois além de algo muito bom, o trabalho possui uma diversidade tão digna daquilo que Cringetrender prega. Mas, sem jamais perder a identidade.

Peguemos por exemplo “MEDS”. Trata-se de uma faixa onde o ska punk ganha vez e em menos de dois minutos entrega uma faixa poderosa, com guitarras agressivas, cozinha de pegada intensa e metais precisos. Tudo tendo os vocais de Cringetrender à frente, mandando ver em uma faixa de praticamente refrão.

Ela é precedida por “Happy”, um pop de batida simples e instrumental que poderia ser trilha sonora de qualquer animação moderna e divertida. Já “Pedestal” é uma música com clara influência de jazz e soul, tendo aquele tempero R&B que a deixa bem atual e um trabalho vocal de Bedlam que mostra o quão boa ela é.

Tem ainda o folk de “3am” e o synthpop de “Lobotomy”, mostrando toda essa versatilidade, mas, como dito, sempre mantendo a assinatura de Cringetrender, que não se perde em sua gama de influências. Sem dúvidas, “Take Your Meds” é essencial e que seja lançado o quanto antes.

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