Cory Legendre lança primeiro álbum e homenageia os pais

Comovente e com certo teor póstumo, este mais novo disco de Cory Legendre, músico, cantor e compositor oriundo de Andrews, no Texas, é simplesmente demais. Legendre, em 11 anos perdeu seu pai e sua mãe, e o disco os homenageia, mas não somente com essa questão sentimental. A coisa toda foi planejada.

Seu pai, Walt Legendre, faleceu em 2012, enquanto sua mãe, Lois Legendre, morreu em 2023. Sua mãe insistiu para não ter funeral, e disse que Cory era muito criativo e poderia trazer coisa melhor para homenageá-la. Logo, “REUNITED” é o resultado disso, e homenageia seus genitores, contando com toda essa comoção.

Cory Legendre é nascido e criado em Richmond, Maine e agora reside em Andrews, Texas. Ele une diversos estilos em seu currículo, o que acaba gerando uma sonoridade versátil, agradável e acessível, que pode agradar diversos públicos. Do country ao rock, passando por dance, pop e música americana.

Não bastasse seu drama familiar, Cory sofreu com problemas de saúde, o que interrompeu um pouco sua carreira. O artista sofreu com complicações de insuficiência cardíaca congestiva, por isso este é apenas o seu álbum completo de estreia. Anteriormente ele lançou trabalhos em outros formatos, principalmente singles, alguns inclusive que compõem o tracklist do novo disco.

Mas, com o que traz “REUNITED”, pode-se ter a certeza de que tudo tem seu tempo certo. Afinal de contas, estamos diante de um disco completo, equilibrado e que ainda traz uma produção magistral, com tudo bem gravado e arranjado, além de timbres devidamente bem escolhidos.

Claro, o tema central do álbum são histórias de família, amor e perda, escritas por Legendre ao lado de David Alan Johnson, mas é bom destacar que as composições não soam piegas e, mesmo com os sentimentos à flor-da-pele, em momento algum trazem teores extremamente dramáticos, mostrando que equilíbrio realmente é o forte do disco.

São oito músicas, onde ele consegue explorar o máximo em menos de meia hora, mais precisamente 27 minutos e 28 segundos, onde, em momento nenhum, alguma canção soa abaixo da média. Pelo contrário, todas, com suas qualidades distintas, são muito acima da média, deixando o trabalho em um alto nível.

“Dressed In Black”, que abre o disco, foi um dos singles prévios do álbum e com méritos. Afinal de contas, além do título que nos remete ao luto, traz uma sonoridade que praticamente mescla todas as influências de Corey. Do folk moderno, da americana e leves toques do pop rock. É uma música objetiva, mas com arranjos riquíssimos e detalhados.

“The World Didn’t Stop” chega com um teor mais baseado no country / folk, inclusive com a delicadeza dos arranjos, que nos revela uma música belíssima e que dá sequência aos dias dramáticos de luto, e conta com uma das melhores interpretações de Cory.

“(When Momma Follows Him) Upstairs” é a primeira a apresentar elementos percussivos, e realmente o faz da forma mais raiz possível, com chocalhos e bongôs acompanhando um violão certeiro. Apesar de agitada, ainda carrega aquele leve ar de luto, que fica em torno do disco, mas não o deixa negativo e sim esperançoso.

Já em “Momma’s Comin’ Home”, com ajuda de uma bateria tradicional, Cory investe em um folk legítimo, com violões que são acompanhados por uma guitarra interessante, que a dá leves toques de country. Essa é uma das faixas que mostram o músico mais emotivo.

Iniciada a segunda metade de “REUNITED”, notamos que Cory Legendre injetou ainda mais energia e já em “Their Time Had Come” ele entrega uma balada pop rock de boa dinâmica e arranjos variados, aumentando a intensidade e apresentando uma dose maior de guitarras.

“We Hope They´re” segue com o rock and roll como mote, mas, além dos flertes com o country, bebe mais na fonte do AOR / soft rock, inclusive trazendo um refrão e melodias de fácil assimilação. A energia se mantém lá em cima, o que prova que ‘lamentações’ passaram longe no disco.

Ainda com a maior parte dos instrumentos plugados e um ar mais sombrio, além de atmosférico, “Life’s Not a Dead End Road” é uma das composições mais modernas e sintetizadas do disco. Mas, é bom ressaltar que estamos diante de um álbum orgânico em sua maior parte.

E se o leitor (futuro ouvinte), acha que para fechar o disco, Cory seguiu aquele tom de despedida melancólico ou mais intimista, que a maioria aposta nestas ocasiões, se enganou e muito.

Em “Live Life All the Way” ele entrega mais um rock classudo, desta vez mesclando diversas facetas, com uma melodia bem-posta e refrão cativante. Além disso, a faixa tem uma ótima dinâmica e uma energia que segue muito bem seu tema, que consiste em se reerguer, criar forças e viver o melhor possível. “REUNITED” sem dúvidas cumpre com sua missão e prova que valeu e muito a pena sair neste momento!

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