Enfeitiçados por padrões rítmicos e por uma áurea surreal que habilidosamente, Papa Moss, conseguiu criar no álbum de lançamento, com 11 faixas, intitulado “Tundra”, contando com as colaborações de Jenna Casper e J.Trep.
Como uma atmosfera que eleva os sentidos somos transportados para uma nova percepção da realidade, onde o vocal age como um bálsamo refrescante, conduzindo nosso entendimento com texturas inigualáveis, pulsando em sincronismo com o coração de cada espectador distraído.
O vocal é envolvente, mostrando toda sua perícia e majestade no fluxo das composições, agindo como uma carícia sensorial, que instiga e torna cada contorno rítmico, uma obra de arte para ser admirada profundamente.
As canções abusam de elementos harmoniosos para montar suas estruturas, utilizando sintetizadores, pianos, bateria e outros sabores, na construção de linhas constantes e conscientes de suas próprias palavras, elevando-se quando necessário, sem deixar nenhum fio solto.
Inspirado nos invernos intensos, isolamento dos últimos tempos e desejos do coração, as letras nos brindam com segredos que podem ser compartilhados por muitas vidas, que somente estavam esperando uma voz para se mostrar.
É delicioso viajar por esses sons, reconhecendo o carinho e vivências que cada um apresenta, com cores distintas e marcantes.
Começamos adentrando portal criado por “Ski Views”, cercado inicialmente por uma névoa mística, que expande a visão para o encontro com os raios de sol e emoções esquecidas.
Seguindo para o movimento sensual de “Bliss”, que nos coloca na pista de dança e mostra como os gestos podem ser esculpidos em sedução, para então, “Channel Surfer”, que será acompanhado de um vídeo clipe, em breve, trazer um sonho de amor para cobiçarmos.
“Radio Silence”, com sua atmosfera nostálgica e instigante, nos indicando que algo grandioso irá começar a qualquer minuto, seja nos vislumbres trazidos pela próxima faixa “Mexico” ou nas oscilações energéticas em “System Overload”.
Então, como uma brisa de liberdade jovial os tons de “Only Me”, torna a experiência ainda mais especial, nos levando para passear ao ar livre, e aproveitar os ecos que “Nauseous” trará, munido de seu violão e pensamentos, e as perfeitas contemplações orquestradas em “The Woods”.
O som envolvente de “Highest Hope” permite que sorriso se formem em nossos lábios, deixando rastros de desejo e satisfação, com um gosto memorável de encantamento e talvez, reconciliação. Abrindo assim, espaço para a mágica finalização acontecer nos bracos da faixa-título “Tundra”.
Cada gota dessa magnífica composição, preencherá um espaço em sua mente e coração, para os sabores serem eternizados e a leveza se estabelecer na alma.
“Tundra” um álbum que é puro desejo.
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