Por mais que seja vendida como influenciada por Björk e Kate Bush, além de trazer inspirações da escuridão barroca de Scott Walker à intensidade visceral de Lingua Ignota, à clareza emocional de Tori Amos e à gravidade narrativa de Nick Cave, a verdade é que a britânica Grey Tower Heights vai muito além.
Ao menos é o que podemos conferir em seu mais novo single, este “Dolly”. Trata-se de um trabalho onde se une experimentalismos a climas de suspense, que caberiam perfeitamente a um punhado de filmes do gênero ou até mesmo terror e sci-fi. Nunca se prendendo a algo.
Fato é que é que “Dolly” é uma música que sai até mesmo das características tradicionais da cantora, que prima por trazer algo que dispensa melodias convencionais e ainda adota elementos que hipnotizam e entorpecem o ouvinte. Tudo com uma versatilidade fora do comum, que deixa a canção cada vez mais ‘curiosa’.
Falando nisso, os detalhes que aparecem a cada audição fazem com que cada uma delas fique cada vez mais interessante, desde a inicial, onde as batidas soam intrigantes, até a segunda parte, que chega como uma canção falsamente ingênua e intimista, que pode causar arrepios nos mais céticos.
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