Confira o segundo álbum do ousado projeto Red Skies Mourning

Tudo que possui equilíbrio tem a tendência de ser positivo. O mundo necessita disso, não seria diferente na música. Quanto mais equilibrada, melhor. Não se trata de uma filosofia, mas de realidade e isso fica comprovado quando ouvimos um álbum como este “Myosotis”, mais nova oferta da banda de Baltimore (EUA), Red Skies Mourning.

Trata-se de um projeto liderado pelo talentoso cantor/compositor e artista Chris Aleshire, ao lado do produtor CESAR e do coescritor Ryan Curtis. Juntos eles conseguiram unir estilos gerando uma fórmula bem própria. Nada que reinvente a roda, mas que, sem dúvidas, acrescenta muito à música pop, porém não com um teor comercial proposital.

E o disco, além de bem composto e produzido, carrega todo um ar filosófico. Não que seja algo conceitual, mas o objetivo deles aqui é capturar a essência dos eventos da vida, relacionamentos e autorreflexão, onde em 15 composições, eles o fazem com uma trilha sonora fenomenal.

O título curioso do disco tem um significado que prova essa abordagem. Myosotis é uma flor / planta, que tem o significado de recordação, fidelidade e amor verdadeiro. Segundo uma lenda europeia, um jovem apaixonado era um cavaleiro que ao tentar apanhar a flor Miosótis para oferecer à sua amada, caiu no rio e se afogou devido ao peso da armadura que usava… Bem a ver com que o Red Skies Mourning propõe não? Pois bem, vamos conhecer melhor esse disco.

“Already Know”, a faixa de abertura, segue um clichê, mas um clichê muito importante. Trata-se de uma música que, em pouco espaço, traz praticamente todos os elementos que o disco contém, sendo um indie pop com tempero pop rock e um refrão que pega de imediato.

Logo em seguida, com “Borderline”, eles provam que sabem transitar de um sentimento para outro da forma mais natural possível e sem perder a identidade. Isso porque a canção prima por seu clima levemente melancólico, mas sem ficas insossa e/ou piegas. Outra com um refrão magistral e influências do post-punk.

“Obvious”, a terceira música, parece pavimentar de vez a longa jornada do disco, provando que refrão é uma peça chave do Red Skies Mourning. Ela é precedida por “Over and Outta Here”, um pop encantador, vintage, porém atual, que deixa tudo ainda melhor e dá ainda mais ênfase a fórmula que aqui é apresentada.

Quando pensamos que a coisa vai ficar mais sentimental, chega “Listen to Me”, que não deve nada aos clássicos de The Weeknd e seu R&B moderno. “Way Up” chega com um ar mais misterioso, sintetizadores viciantes e uma batida um tanto quanto sensual e que nos remete ao disco.

“See You There” é a primeira em que o Red Skies Mourning mescla o eletrônico, que é a base de sua estrutura musical, com elementos acústicos, trazendo aqui um violão discreto, mas fundamental. Enquanto isso, “Alone Nowhere” chega com uma batida simples e sintetizadores com ar inocente, dando uma leveza justa ao disco.

“How Do I Sleep” chega com uma batida inicial cativante, onde consegue revelar também influências do som noventista com leves toques de new age, principalmente nos peculiares sintetizadores. Algo que soa um tanto oposto do R&B atual que é “Call It A Day”, mas é aí que está o talento do Red Skies Mourning, transitar por diversos gêneros mantendo sua identidade. Tanto que “Under Your Spell” é um pop rock com nuances do R&B e do som alternativo dos anos 90, o que pode ser uma junção de suas duas antecessoras.

E que batida cativante tem “Sattelite”, com uma dinâmica ótima e uma guitarra limpa digna do funk muito bem inserida dando bases sólidas à faixa! “Mirror” chega com um teor synthpop encantador, com direito a sintetizadores atmosféricos e melodia futurista. Outra de um refrão fora do comum e mesmo assim cativante.

Chegando na reta final, “Hold Me Back” revela mais uma veia R&B, com nuances do funk e com sintetizadores vanguardistas e mais uma aula de como manter suas próprias características mesmo sendo versátil. E é incrível com o “Let Me Fade” fecha tão bem quanto a música de abertura, afinal de contas é outra música que prima por mesclar praticamente todos os elementos que encontramos no disco.

“Myosotis” é o segundo disco do projeto e prova o quanto eles evoluem da forma mais natural possível. O mais interessante é como o Red Skies Mourning conseguiu criar sua identidade soando honesto e da forma mais natural possível, que foram as premissas que eles usaram desde que iniciaram o projeto.

Além disso, fica difícil rotular a sonoridade deles, afinal de contas, eles passam por estilos como indie electronic, indie pop, R&B, synthpop, pop rock e new wave tranquilamente, além dos flertes com funk e hip-hop, sempre mantendo uma sonoridade sóbria e muito bem estruturada. “Myosotis” não é um trabalho complexo, pelo contrário, mas quanto mais ouvirmos e mais atentos, descobriremos diversos detalhes! Primoroso!

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