Com disco abrangente, Sydmac4 dá contexto pop ao hip-hop

Alguns artistas buscam a originalidade, que hoje em dia, na música, é praticamente algo extinto. Isso porque não existe mais fórmula a ser criada, apenas a evolução, a mescla, enfim, é praticamente uma luta perdida. No entanto, as infinitas possibilidades em mesclar gêneros, subgêneros e elementos sempre estarão possíveis.

Muitos artistas talvez nem saibam disso, mas também não é uma obrigação. Porém, muitos deles podem buscar por isso, tanto a originalidade, quanto por algo que soe bem característico, afinal de contas, isso acaba sendo aquilo que o valoriza e o diferencia dos demais. Mas, isso é muito melhor quando acontece de forma natural e talvez tenhamos esse caso em mãos.

Isso porque em seu novo álbum, previsto para ser lançado no dia 18 de fevereiro, Sydmac4 pega tudo que o influenciou direta e indiretamente e distribui em doze composições. As músicas têm como mote o cenário do hip-hop e rap, mas vão um pouco além disso, sem se perder em outros gêneros.

Bebendo em fontes mais antigas e outras atuais, ele consegue manter seu leque aberto sem perder o equilíbrio. Isso sem contar que, quando adere elementos de estilos como R&B, soul e afrobeat, Sydmac4 os utiliza como complemento e não direcionamento.

A cada audição notamos o quanto é difícil destacar uma ou outra faixa, até porque temos um repertório equilibradíssimo, além de concluir que cada composição vai nos chamar atenção conforme o humor. Porém, há algumas músicas que chamam atenção na primeira audição e isso deve ser ressaltado.

Uma delas é o rap inspirado no soul intitulado “Sirens”. Com um leve toque introspectivo, onde a batida típica se alia a um baixo providencial, a música tem letra que repete frases e acaba atraindo o ouvinte. Mesclando orgânico com eletrônico, prima por ser intimista e a habilidade de Sydmac4 no jogo de palavras é nítida.

Besuntada mais no pop, “Alive” pode facilmente tocar em qualquer rádio do mundo e agradará a todos os públicos, enquanto “Faith” representa muito bem o cenário r&b e trap atual. Ouça ainda a providencial “The Vase”, mas não se esqueça que o disco deve ser apreciado por inteiro.

“The False Self and The Vase” ainda nem foi lançado, como dito, sai dia 18 de fevereiro. Podemos garantir que se trata de um disco que representa muito bem o cenário hip-hop, mas que não fica somente nisso, ganhando contextos pop que pode soar como algo ainda mais abrangente. Sem dúvidas, um grande álbum.

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