Carter Fox: com música eletrônica, artista norte-americano convida para um diálogo com o universo em novo EP

Antes de destrincharmos este novo trabalho do multifacetado músico norte-americano, Carter Fox, apresentemos sua jornada. Ele está desde os 15 anos no cenário, trabalhou com diversos selos e gravadoras, além de outros artistas, seja em parcerias ou colaborações. Alguns exemplos como Freddie Jackson, krillex e Roots To OddKidOut e Ori Rose. Ele também lançou trabalhos com nomes como Joe Kenney e JUTAUN mais recentemente.

Fox é um mixer, produtor e tem o baixo como seu principal instrumento. Porém, ele não foca suas composições nas quatro cordas, enfim, não lança trabalhos tendo o instrumento como parte principal. Fox também se especializou em compor trilhas para filmes e videogames. Além de todos esses trabalhos, o compositor da Philadelphia também atuou como palestrante e entusiasta da música. Por isso o classificaria como um verdadeiro cientista musical.

São mais de três dezenas de lançamentos desde 2014, nos mais diversos formatos, contando singles, EP’s e álbuns, o que prova que Carter, além de tudo, é um cara prolífico. E ele chega a mais um trabalho onde consegue se reinventar, experimentar e entregar música de qualidade. O mais incrível de tudo, sem vocais. Apenas na parte instrumental, mais precisamente explorando a música eletrônica e sem cair em tendências. Isso significa que sua sonoridade, apesar de leves toques dançantes, serve para ser apreciada e até para reflexão.

Ao menos é o que encontramos em “Lost Signals From Outer Space”, o mais novo EP de Carter Fox, que acaba de sair do forno. O trabalho é uma aula de como entregar música eletrônica, além de propor uma conversa com o universo. Já conhecido por abordar temas espaciais, no novo trabalho o artista propõe mais uma viagem pelo espaço e as cinco composições aqui contidas transitam por essa esfera.

O mais legal é que soa tudo tão natural, que a gente desconfia se o músico não o fez pra lá da atmosfera mesmo. E outro fator preponderante é que cada canção pode ser encaixada a um clima desta viagem, como veremos a seguir, destrinchando essa obra que traz leves toques misteriosos.

“Cosmic Sunrise”, uma parceria com Steve Honz, é uma canção que não esclarece inicialmente que o ouvinte irá entrar em uma viagem contagiante pelo universo. Isso porque é uma faixa ‘chill-out’ com leves toques lounge, de batida suave e solos de guitarras descendentes do jazz / blues. A música não traz os sintetizadores atmosféricos, prima por um teor mais sofisticado. De qualquer forma, estamos falando de uma bela obra eletrônica.

Já “Rise”, ganha em dinamismo, incluindo sua levada mais intensa e ela segue bem com sua progressão, nos revelando leves toques de hip-hop e soul. Ainda é branda no que se propõe, mas enquanto cresce dentro de si mesma, surgem os primeiros elementos interespaciais, com um sintetizador ao fundo que nos leva às estrelas e já nos faz sentir engajado na proposta. Outro fator preponderante desta canção é seu ritmo hipnotizante, que nos pega de jeito desde a sua primeira audição.

“Amy” é uma música especial. Afinal, ela foi composta há mais de uma década, no quarto de faculdade onde Fox morava e estudava, e dá pra notar que sua abordagem é um tanto quanto diferente de suas irmãs de repertório. Isso porque ela traz um ritmo menos introspectivo, violões básicos que dão certa luz e calor à canção, além de uma batida com um timbre mais próximo do orgânico. A música é um dos orgulhos do artista e não seria por menos. Detalhe para o teclado maroto que faz cama ao fundo de toda canção e ao solo muito bem encaixado de guitarra.

Logo temos “Calm”, que é a primeira mais versátil no repertório de pouco mais de 26 minutos. A nova composição começa num ritmo com leves toques de house, enquanto vai ganhando teclados futuristas fazendo a marcação. Sua batida sim é um convite pra dança, mas depois de uma virada inusitada, ela ganha novo ritmo soando mais introspectiva. E não para por aí, pois logo ela muda novamente seu teor, com adição de mais energia e um pouco de cor, onde fica mais hipnotizante.

Por fim, eis que chega “Stampede”, que vem para fechar com chave de ouro. Intimista, a nova composição é o carro-chefe do disco, inclusive ganhou um videoclipe. A canção é a que mais simula elementos orgânicos no trabalho, traz influências até de country, e a que tem o maior teor cinematográfico. Sua batida é cadenciada, porém intensa e o clipe mostra imagens que simulam o universo, aliens e afins, tudo com inteligência artificial.

Não só por vir de um grande artista, que é Carter Fox, mas também por atender as expectativas e mostrar diversidade, “Lost Signals From Outer Space” é de uma autenticidade impressionante. Carter disponibilizou detalhes da produção do EP em um conto, escrito na plataforma medium, que pode ser conferido no seguinte link: https://medium.com/@carterfoxwrites/lost-signals-from-outer-space-ad69448020a6

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