A canção traz consigo uma estrutura rítmico-melódica não somente encantadora, mas macia, confortável e com nuances que incitam interessantes experiências extrassensoriais de caráter nostálgico. Cheia de delicadeza e frescor, a canção chama a atenção pela sua narrativa lírica transpirar uma postura compassiva que faz o espectador se sentir, curiosamente, acolhido e protegido.
Essencialmente doce e cheia de ternura, Austin também se destaca por fundir vertentes instrumentais mais sujas que beiram a estridência como forma de proporcionar mais peso e densidade à sua arquitetura sonora. O interessante é que essa decisão acaba entrando em sintonia com o lirismo emocional e frágil pela simples razão de ele abordar temas como identidade, vulnerabilidade e a necessidade por conexão humana.