Asta Bria lança Dream No6, o primeiro de muitos singles ainda por vir

Do golpe estridente e preciso da caixa da bateria como elemento que puxa a introdução, a canção é levada para uma atmosfera fresca e melódica regida por uma guitarra de riff delicadamente ácido capaz de ambientar o ouvinte em uma paisagem sonora noventista embriagante. Delicada, mas ainda assim de aroma curiosamente dramática e melancólica, a cenografia é imbuída em uma sonoridade que tangencia os universos do rock alternativo e do pop punk.

Mergulhando em um ambiente acústico assim que entra em seu primeiro verso, a canção passa a ser guiada pelo violão e por uma bateria de postura mais contida. Nesse ínterim, o conteúdo lírico começa ser evidenciado a partir de uma voz feminina de timbre agudo, levemente aveludado e estridente. Rememorando, mesmo que timidamente, o tom de e a pronúncia de Dolores O’Riordan, a cantora é acompanhada, em momentos pontuais, por um time de backing vocals que auxilia na ênfase de determinadas palavras.

Favorecendo a existência de rompantes harmônicos, tal time de backing vocal acaba, também, auxiliando na criação e propagação de um senso curiosamente melancólico. Ainda assim, conforme a obra é levada ao seu refrão, a atmosfera é tomada por uma energia tocante que captura, com maestria, a atenção do espectador.

Promovendo, a partir de sua estrutura rítmico-melódica, uma fusão entre as paisagens sonoras do pop, do rock e de um adormecido, mas presente, post-grunge graças à sua postura, Dream No6 vende uma atmosfera delicada, sentimental e dramática ao ouvinte. Um importante cartão de visita da Asta Bria à comunidade musical global.