É sempre deveras IMPACTANTE quando nos deparamos com um álbum de estreia que além de impressionar pela qualidade inegável de suas canções, ainda desprende uma maturidade musical sem precedentes em sua concepção. E podemos ir ainda muito mais além ao emancipar este registro como um dos grandes acontecimentos desse ano, e que provavelmente estará em várias listas possíveis de “Melhores de 2023”!
A simbiose de gêneros díspares que constrói esse organograma musical, com extrema coesão exala personalidade pelos poros, denotando uma grandiosa identidade artística. Realmente esta década se faz notabilizar pela visibilidade de público e crítica perante novidades incessantes em âmbito mundial, tem sido um dos períodos mais férteis! E este debut da cantora e compositora americana radicada em Boise, ANOUSH, “ONE”, enaltece um conjunto de doze faixas realmente INCRÍVEIS, que nos tocou profundamente em seu resultado final.
Nós do portal Music For All iremos nos aprofundar nesta experiência irresistível, e esmiuçar cada um desses registros para vocês abaixo. Além da musicalidade de excelência, a verve poética transita por temas profundos relacionados a “desafios pessoais e sociais, amor, fé e transformação”, como atestou a autora perante este trabalho de proporções magnânimas!
A abertura com “Lighthouse” desbarata piano em “tecladas” fortes em incisão erudita que é devidamente “atacada” por um som de tempestade, juntamente com ruídos provenientes da natureza. Esses efeitos cedem o protagonismo imediato para um dos pontos cruciais desta jornada sensorial sem precedentes; a magistral voz de ANOUSH: timbres suntuosos, feeling exasperado, doses certeiras de sofreguidão emocional e técnica em níveis elevadíssimos! A amplitude jazzy com experimentalismo inflamado, resulta em um momento memorável em toda a sua condução estilística. Logo de cara percebemos que estamos diante de uma artista que tem MUITO a nos oferecer, não apenas pela sua formação clássica, mas pela diversidade e criatividade que é emanada em suas composições!
E somos devidamente surpreendidos por uma guinada reggae altamente sedutora ao natural, o petardo “California Daze”. Efeitos na voz que eclodem um diálogo entre dub e preceitos etéreos, contribuem para o refrão ser um acontecimento a parte: com ares de arena, grudento e perfeito para ser bradado entusiasticamente em caráter basicamente imediato, tamanha a força emanada neste estrofe. Simultaneamente que acena para as pistas, impressiona pela cerebralidade condutora em seu arranjo FABULOSO!
“Cherry On Top” continua intercalada nessa vibração jamaicana, com o ska cheio de quebradas de cadência que promovem furtivos elementos surpresa para o público, sendo devidamente “encantados” pela interpretação MARAVILHOSA de ANOUSH. Vale ressaltar o groove vigoroso que nos eclode em cores da mais vívidas, novamente amplificados em camadas de efeito deliciosas. Sax e guitarra duelam em seu encerramento, soando definitivamente como a “cereja do bolo” da canção!
A versão acústica de “I See You” potencializa cada linha vocal decantada pelas incisões precisas ao piano, em uma performance esmagadora e instigante em seu contexto. “Library” é pungente em seu prognóstico sentimental, rememorando com ênfase as clássicas baladas ao longo da história que “explodiram” mediante o arquétipo indubitável de piano e voz. Isso sem contar com os “ataques” de violino, tornando tudo ainda mais singelo e majestoso. “Bullets” mantém o contexto em outro exercício de emotividade latente, mas contando com um crescente gradativo que determina preceitos épicos memoráveis em seu discorrer. É realmente um momento AVASSALADOR! Impacta saber que ainda estamos na metade do álbum…
“Happy Tonight” dá uma guinada efervescente para um dinamismo pop embebecido em elegância e estigma de pompa, onde novamente temos um daqueles refrões que resulta em total “abalo de estruturas”, pois eclode em dimensões estratosféricas ao extremo no seu propagar! Simultaneamente que acena para as pistas, demonstra uma “cerebralidade” inquietante em sua arquitetura sonora.
“Cantina” continua com a temperatura máxima em seu insight dançante, despejando doses generosas ao extremos de latinidade, onde a batida do groove atinge nosso peito e desperta sentidos improváveis, perdendo completamente o controle de nosso corpo. Numa “off-the-grid” versão, “Idaho” desprende sedutores minimalismos instrumentais para soltar a voz e “contracenar” com sons ambientes. Somos mergulhados em um caminhar misterioso e totalmente positivo em cada passo emanado, pois em um trabalho de excelência como o álbum “ONE”, trata-se de um dos momentos mais incisivos de todo esse repertório. Que preciosidade temos aqui nesta canção EXTRAORDINÁRIA!
“Wishing Well” retoma a elegância “reggae com toques soul-jazzísticos” que percebemos em momentos grandiloquentes deste disco. O “balanço das vozes” nos remete a um litoral, com o som devidamente condizente ao mágico barulho proporcionado pelas ondas. E a encore com a versão acústica de “Do I Dare”, sintetiza com primazia toda a genialidade que foi emanada até então… É obra-prima que se chama, não é isso? Sim, é um dos álbuns de estreia mais SENSACIONAIS da história, e que alçará o nome ANOUSH para os recantos mais inóspitos do planeta. É incrivelmente ESSENCIAL, todo mero mortal precisa ter acesso a esta experiência PRIMOROSA que é “ONE”! Disponibilizado abaixo:
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