Desde seu início imediato, a canção chega a emocionar e a arrepiar o espectador em virtude da harmonia tocante criada entre a voz firme e grave de Lady Redneck e a valsa melodramática do violino. Extravasando um curioso toque de melancolia, a composição se permite explorar um frescor introspectivo que evidencia, em sua forma branda, a silhueta do folk encontrando a energia transcendental.
De sabor doce e aroma perfumado, a canção vai funcionando com um abraço terno, um olhar cheio de compaixão. Um carinho recíproco. Por meio de sua combinação harmônico-melódica, é como se a canção conseguisse afugentar todo o medo, toda a angústia e toda a dor por meio da disseminação de necessários sensos de proteção e, principalmente, acolhimento.
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Por essa lente, é importante pontuar como é belo observar a capacidade de uma artista em dar, a uma das obras mais rearranjadas da cultura inglesa, uma paisagem sonoro-sensorial completamente nova. Amazing Grace, nascida nos idos de 1779, agora é apresentada com uma ambiência bucólica e uma fragilidade tão intensa que chega a ser palpável. Por meio da releitura de Lady, todo e qualquer ouvinte é capaz de se sentir importante e, acima de tudo, agraciado pelo senso mais profundo de esperança.
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