“Alone”: a solidão no metal de Daniel Bohn

Daniel Bohn arquiteta uma faixa que reúne cordas e baterias pesadas, além dos vocais viscerais, em “Alone”, um metal melódico que impressiona pelo aspecto grandioso.

Na introdução, o efeito das guitarras, anuncia uma execução de emoções intensas. O artista cria um ambiente sombrio para falar de solidão, primeiro com muita suavidade, esticando as notas na voz, e logo que a bateria ganha força, os riffs crescem e uma atmosfera nervosa nos envolve. Há muitas vibrações e sentimentos, que transparecem o sofrimento.

E assim que o andamento rápido e dinâmico das batidas aparece, acompanham os vocais guturais e raivosos de Daniel, até que a linha lenta das cordas vá aos poucos, retornando. E mais uma vez, somos tomados pela sensação de perda, de melancolia.

“Alone” é sobre olhar para trás e notar que a vida parece um círculo vicioso, do qual é difícil escapar. Vislumbrar o passado e sentir que não sobrou nada, somente o sofrer.

E se esta era a intenção, missão cumprida! Embora o lirismo de abalos expressivos, seja uma narrativa triste, sua harmonia é uma construção excelente. É a prova, que Daniel Bohn é habilidoso na instrumentação, ao reunir bateria, vocais, guitarra, teclado e sintetizadores, para nos entregar uma obra robusta.

É importante dizer, que o artista também se preocupou com questões relativas às condições de saúde, que envolve mudanças no comportamento, neste single. Segundo ele, “a ideia por trás do projeto é simbolizar as doenças mentais, como ansiedade e depressão e colocá-lo dentro de um universo de fantasia”. E verdade seja dita, a pandemia colaborou para que o número de pessoas afetadas por estes fatores, tenha crescido.

“Alone” é, entre muitas maneiras de fazer rock, um concerto belíssimo.

Aproveite e ouça agora, o trabalho excepcional de Daniel Bohn.

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