Ela começa de forma súbita. Sua sonoridade, portanto, já desfila certo grau de maturidade dominada, exclusivamente, por uma guitarra que, com sua distorção levemente azeda, exorta inclinações ligeiras para com a cenografia sonora do stoner rock. Áspera e com frases rítmicas inicialmente simples, a faixa ainda consegue, interessantemente, explorar toques de uma sensualidade embrionária.
Assim que permite a entrada do vocal em sua atmosfera, a faixa, além de evidenciar o timbre editado de Natzel, destaca algumas semelhanças estéticas para com a sonoridade desenvolvida pelo Gorillaz. Garantindo, a partir daí, brisas de rock alternativo em meio a momentos em que o vocalista surge em seu tom limpo, a canção providencia um cardápio sensorial brevemente mais robusto, com direito a torpor e lapsos de introspecção.

De refrão explosivo, elétrico, contagiante e, portanto, envolvente, a canção acaba garantindo ao espectador a identificação de sensos de agonia e angústia em uma inconstância proposital. Ainda assim, é inquestionável que Let it Go consiga convidar e instigar o ouvinte à dança, mesmo diante de uma sonoridade de natureza ácida. Com a faixa, Natzel consegue, portanto, dar uma prova do palato que rege a track list de Bring It On, seu álbum de estreia, provocando, na audiência, a curiosidade.
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