Citizen Kane é um dos melhores filmes da história. Trata-se de um longa norte-americano de 1941, dirigido, escrito, produzido e estrelado por Orson Welles.
O filme é considerado uma das obras-primas da história do cinema, sendo apontado por muitos críticos como o maior filme já produzido e particularmente elogiado por sua inovação na música, fotografia e estrutura narrativa. “Citizen Kane” (Cidadão Kane), que foi o primeiro filme de Welles, ganhou um Oscar de melhor roteiro original para Herman J. Mankiewicz e o próprio Welles.
A história examina a vida e legado de Charles Foster Kane, um personagem fictício interpretado por Welles e com base em um magnata da imprensa e do próprio Orson Welles. Esse magnata e sua empresa são responsáveis por manipular a sociedade através da comunicação tendenciosa e entretenimentos suspeitos. Isso em resumo e, se há alguma coisa em comum com os magnatas atuais, não é mera coincidência.
Mas, pelo que podemos ler (as letras) e ouvir, o The New Citizen Kane não tem esse propósito maléfico e nem o nome inspirado no filme, muito pelo contrário. Sua alcunha simplesmente ironiza o longa, pois o nome por traz do projeto atende por KANE Michael Luke. Além da música de energia boa, ele apresenta temas baseados “na essência da alegria despreocupada e da tranquilidade contemplativa do verão”, como ele mesmo define em sua apresentação. As composições deste novo disco, em especial, além desse tema central, trazem ótimas vibrações e servem como uma grande celebração da vida, além de reflexivas e oferecerem um relaxamento natural.
Pois bem, “TEMPLE. BEACH. DISCO, DADDY” conta com 10 músicas retrabalhadas, retiradas do disco “The Tales Of Morpheus”, que foi lançado também neste ano, tendo a adição de duas composições inéditas. As músicas foram sutilmente repaginadas, além de ganhar uma remixagem, as deixando um tanto quanto com mais ‘punch’, sem mudar suas estruturas.
Como um bom britânico que é, Kane inicia o disco com “Forget The World”, uma música que se caracteriza por ser um britpop recheado de indie, baseada em sintetizadores orgânicos e uma vibração intensa. Com a vibração continuando, mas com um baixo mais marcante e ar mais sisudo, além de teclas requintadas, “Lump In Your Throat” mantém a pegada e não deixa a peteca cair.
A terceira faixa do disco é uma das inéditas. Trata-se de “A Love Fool”, uma composição de andamento bem marcado, um verso imponente e um refrão melodioso e mais sublime, provando a versatilidade da canção. Como tema ela mergulha nas complexidades do idealismo romântico e na decepção que frequentemente o acompanha, ressoando com qualquer pessoa que tenha vivenciado os altos e baixos do amor.
“Disco Love” chega para provar o amor de Kane pelo estilo, pois ele está inserido praticamente em todas as composições, assim como o soul. A música tem um ritmo cativante, melodia balanceada e um refrão espetacular. Enquanto isso, “Buy Me A Ticket” chega com um ‘groove’ magistral, mesclando a própria disco music com um funk de vanguarda, soando como uma das músicas mais equilibradas do álbum.
Logo chega “Killer Charisma”, uma música de uma delicadeza impressionante, mas sem deixar de ser vibrante. De boa dinâmica, traz um trabalho encantador de ‘backing’ vocals, claramente inspirado pelo soul e uma interpretação emotiva de Kane. E eis que “Ratbag Joy”, a outra faixa inédita, que tem um ritmo mais gingado, com um trabalho percussivo destacado e uma veia pop mais atual, conquista o ouvinte de imediato.
Se você sentir vontade de sentar à beira da praia e colocar um som que cative o momento, sem dúvidas “Cold Have Been”, a mais acústica e com ritmo de reggae moderno, será a ideal. Vale destacar que “TEMPLE. BEACH. DISCO, DADDY” cai bem para este tipo de momento. Até mesmo “Alchemy”, um disco retrô, de ritmo contagiante e do qual o artista prova que sabe ser versátil com seu vocal, é ideal para uma noite na areia.
“Endless Summer” chega com requintes e finalmente um toque de R&B que a deixa um tanto quanto mais tarimbada, além de um leve toque introspectivo, sem perder o fundo de vanguarda, inspirado nos anos 80 e 90. Ela é precedida por “Electric Nights”, a faixa de atmosfera mais intensa do disco, com um fundo viajante e vocais com efeitos psicodélicos.
E quem pensava que o The New Citizen Kane ia escolher uma composição com tom de despedida para fechar o disco se enganou. Afinal de contas, “Heartburn” está longe de ter esse tom e entrega uma batida dançante, além de todos os elementos que podemos encontrar no disco. A grande diferença é que ela tem uma batida dance, mostrando mais uma vez que as inspirações ‘old school’ vão além do que imaginamos.
No mais, com “TEMPLE. BEACH. DISCO, DADDY”, o The New Citizen Kane já abre o verão do Hemisfério Norte com o devido cartão-de-visitas, afinal de contas, o disco apresenta um clima que só contagia e traz boas vibrações. A gente aqui do Hemisfério Sul também pode se divertir, afinal de contas, o frio não é muito amigo nosso.
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