Ela não é apenas e tão somente folk. Nem mesmo uma obra unilateralmente bucólica. Ela explora, sim, o sertanejo, mas, imerso nesse ecossistema, está um tipo de sensualidade pouco explorada nesse gênero musical. De caráter libidinoso quase pendendo para o sexual, a faixa conquista a atração da audiência através de uma estrutura rítmico-melódica simples, mas envolvente.
Com direito a um beat sincopado que mistura brevemente um ecossistema rap, Burn It Up (Rubber To The Road) explora um andamento rítmico peculiar e, consequentemente, mostra que o folk é, sim, um estilo de música aberto, versátil e, portanto, flexível à fusões estilísticas. Claro que o tom anasalado de Austin Martin ou mesmo o violino que sobrevoa o escopo harmônico se lançam como elementos dominantes desse cenário como forma de prevalescer a hegemonia do folk como vertente do espectro country.