Revoh Wattz dá aula de rap ‘old school’ em novo álbum

Talvez o hip-hop seja o estilo mais popular do mundo. Até porque não se trata apenas de música, mas de um movimento que abrange diversos assuntos e linguagens artísticas. Dentro dele, como um de seus principais representantes sonoros está o rap, que já foi difundido mundo afora e possui várias particularidades.

Com uma característica bem própria, o estilo se solidificou nos Estados Unidos, mas principalmente nos principais centros urbanos. Principalmente quando se trata de algo mais vintage. Logo não dá pra esperar algo deste tipo vindo do interior, porém não se trata de algo impossível de acontecer e temos em mãos uma prova disso.

Worcester, uma cidade de pequena pra médio porte, situada em Massachusetts, próxima a Boston, não seria o local ideal para se fazer um disco de rap inspirado nos anos 90. Mas, é de lá que vem Revoh Wattz, que acaba de lançar seu novo disco e com essa proposta.

Com produção de Funky Flacco e do próprio Wattz, o disco, intitulado “NONXM”, traz 32 minutos distribuídos em 10 músicas, onde não há espaço para artificialidade, para som de rede social e muito menos inclusões de estilos descartáveis, o que fica bem claro no repertório equilibrado.

Em “NONXM”, se você não encontrar referências como Mobb Deep, Nas, Big Pun, Busta Rhymes e artistas do tipo, está ouvindo o trabalho de forma errada. Mas esse ângulo também pode significar que estás a absorver a personalidade firme de Revoh, que caracteriza sua música e cria sua identidade.

Com um tracklist equilibrado, “NONXM” começa arrasador. Sim, porque até mesmo a curta e objetiva “XM Intro” é poderosa, mostrando uma organicidade impressionante e se ligando magistralmente a “Defcon0”, um clássico anunciado, que chega a ultrapassar a linha noventista, nos levando até mesmo aos turvos anos 80, quando o rap ainda se moldava.

Com um dinamismo intenso e um clima tenso, o outro destaque fica por conta de “The Lowdown”, uma das faixas mais introspectivas do trabalho, assim como uma das mais elegantes. Ouça ainda “Phase”, que soa diferenciada, além de “Gotta Movie” e de “Livin’ (Life Ain’t Free)”, esta última que fecha o disco com chave-de-ouro.

Mas, não tenha dúvidas, “NONXM” é um álbum que pouco se vê por aí, pois fazer com que o rap soe ‘old school’, sem ser datado é para poucos e Revoh Wattz consegue da forma mais natural possível, atingindo até mesmo certa atemporalidade. Não tem como não se encantar com esse disco.

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