Alone | Em nova faixa, o Disdarken explora as complexidades da depressão

Ela já tem uma postura audaciosa desde seus momentos introdutórios imediatos. Imponente e explorando prematuramente um estado de espírito angustiado e com breve menções de desespero, ela traz consigo texturas que soam propositadamente dissonantes e embrionariamente caóticas de forma a promover um senso de desarmonia e caos que penetra profundamente no ouvinte.

Densa e de base sonora curiosamente sombria a tal ponto que faz surgir uma cenografia um tanto fantasmagórica, a canção, por meio de seus toques sintéticos, faz com que toda a sua atmosfera seja profundamente abraçada por um drama pegajoso e até mesmo dilacerante. Entre o uso de pedais duplos e uma união entre dulçor e aspereza proporcionada pela guitarra e o sintetizador, a obra consegue fazer com que o torpor assuma a forma de uma espécie de personagem onipresente.

Misturando elementos do hard rock com o metal progressivo, Alone, assim que entra em seu primeiro verso, passa a ser guiada por uma voz masculina de caráter rouco. É ela que confere, no ecossistema, um estado extra de tensão e agonia. É como se, a qualquer momento, todo o desconforto represado não conseguisse se manter escondido. Censurado. Por meio dessa constatação, é possível afirmar que a canção se usa de seu caráter rítmico-melódico assustador para dialogar, de maneira pungente e até cirúrgica, sobre as complexidades da depressão.

Mais informações:

Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/5B3nwVgoGXyrpmMrf1Ojfn

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCdqBswD3Gl3a_BW-qX5dXgw

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