THE HYBRIS lança “t h r e e”, o seu álbum mais versátil

Curiosidades muito legais cercam a existência do projeto THE HYBRIS. Primeiro, os caras iniciaram a ideia na Alemanha, mas atualmente, residem entre Los Angeles (EUA) e Colônia (ALE). Segundo, a sua formação em trio é estabelecida por Ringo Rabbit, Beanie Bison e Malcolm Mandrill, contudo, trata-se de uma banda virtual! Não é coisa de louco? Pois bem, o fato é que essa galera já está no terceiro álbum lançado e se chama “t h r e e”. São várias as influências em suas doze músicas, a primeira, “Capital Of Sin (Ringo Begins)”, por exemplo, parece sair do roteiro de um filme de ficção.

Em seguida, você pode se divertir com uma pegada mais punk ou new wave dos anos oitenta. Mas não é só isso, a execução que batizaram como “Back To Earth 1” também absorve influências de gênios como David Bowie. Ou seja, existe nela uma versatilidade que arremessa o projeto a um patamar de inteligência singular. E olha que essa energia apesar de remeter a tempos antigos, consegue contagiar até as mais novas gerações, basta deixar se guiar pela empolgação. Até aqui, o THE HYBRIS mostra com simplicidade, sem precisar de muita complexidade, como fazer música cativante e marcante.

Algumas canções do álbum como “On The Day We Met The King” puxam mais pela pegada rock’n’roll, mas com uma cara sempre divertida. Contudo, as letras deste projeto nem sempre estão para brincadeira, pois assuntos bem sérios e existencialistas podem estar embutidos nas músicas. Entre sátiras, sarcasmo, metáforas e analogias encontra-se muita crítica social e invasiva. Por isso, não se apegue apenas aos riffs de guitarras ou acordes melódicos. Abra os ouvidos ao que eles dizem que a sua experiência será ainda mais completa. Claro que também você observará a performance de cada instrumento e ficará de queixo caído.

Quando falamos sobre referências, versatilidade e experiência sonora, estávamos preparando você para músicas como “And We Dance”, que foge completamente do caminho que este trabalho trilhou até aqui para apostar em algo mais dançante. Como o próprio título sugere, a música convida todos a uma dança e o ritmo não podia ser outro, é música de discoteca sim, com batidas impactantes e elementos buscados nos anos setenta. Para melhor compreensão, o que temos aqui é uma mistura de Jamiroquai com Daft Punk. A diferença é que em “And We Dance” existe um solo de guitarra simplesmente sensacional, que chega a inspirar os fãs.

Dando sequência ao repertório de “t h r e e”, encontramos aqui uma das músicas mais legais do álbum, seu nome é “Checkmate In Two, Donnie”. Tudo bem que não chega a ser uma balada nem uma música de natal tipo Mariah Carey, mas suas construções harmônicas são bem encaixadas e isso nos dá prazer. Um pouquinho de groove aqui e acolá adorna o clima da música com mais simpatia. Nesta canção, o artifício eletrônico não é tanto explorado quanto as passagens dedilhadas tocadas com suavidade. O que cativa também nessa música é o refrão cheio de personalidade e cantado com emoção.

De uma das mais melódicas para uma das mais pesadas, “Monopoly With Karl Marx: Capitalism Is Fun”, com participação de Ulli Kilberth é intensa e arrasadora. Nesta execução o clima é seco, embora tenha alguns momentos mais introspectivos. No entanto, a palavra de ordem aqui é porrada com vocais tempestuosos, uma guitarra cortante, baixo causando terremoto nos graves e bateria nervosa. A proposta do álbum que recai sobre a energia punk com os delírios dos anos oitenta, aqui sofre um colapso súbito e se transforma em pura agressividade das bandas de hardcore. Eu avisei que os nossos três heróis não estão para brincadeira!

O fato de as músicas serem curtas permite que nossa curiosidade encontre até a última faixa, pois aqui, a exemplo de “Election Day” não há saturação. Eis aqui uma canção vibrante com pouco mais de três minutos de duração, mas nos transmite um longo prazer em ouvi-la. Depois dela vem “We Go The Extra Mile” puxando uma melodia mais complexa, mas com muita identidade. Agora, talvez a surpresa maior do álbum esteja em “From Dusty Patures To Savoir-vivre: Beanie Begins” com participação de The Kids of Saint Blaise dando contraste ao clima da música.

Em “Call It A Day”, os heróis mascarados apelam para o virtuosismo em uma faixa tão melódica quanto melancólica. Não falta mais nada a esses artistas já que, aqui, mostram como são capazes de criar texturas lindas e delicadas. Saindo da atmosfera psicodélica para entrar em um espaço mais eletrônico, “Falling Down – Descarca Remix” traz a colaboração de alpha59 em uma versão totalmente abrasadora. E para finalizar, o THE HYBRIS dá de presente ao ouvinte uma outra versão de “Capital Of Sin (Ringo Begins)”, mas dessa vez como instrumental para você sentir a energia penetrar em sua essência.

Ouça “t h r e e” pelo Spotify:

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