Buscando referências no jeito de fazer música dos anos 90 e em várias lendas do gênero rock, Luna Waves, uma criação do cantor, compositor e multi-instrumentista Rob Muir, entrega ao ouvinte um conjunto de canções que valoriza estes modelos, para criar o próprio repertório farto.
“Bruised Gold”, terceiro álbum do artista e o segundo lançado este ano, sucede “Blood Moon”, que chegou em março de 2022. São 12 faixas que misturam estilos, com uma percussão bem arranjada e muitas cordas. Os vocais suavizados estruturam belíssimas melodias e moldam cada uma, a sua maneira. Uma fase mais introspectiva e reflexiva do compositor, mas não menos brilhante. Há muita criatividade rondando o clima do álbum.
Os elementos eletrônicos otimizam o espaço e dão muita firmeza, ao que “Bruised Gold”, propõe. “Talisman” abre o disco e logo nos apaixonamos por ela. Há um frescor em seu andamento, um ritmo que trazemos para perto e vocais que iluminam o ambiente. A guitarra desfila seus riffs e cria um ar prazeroso para a faixa, nos envolvendo e nos convidando a ouvi-la repetidas vezes.
“Out of Phase” abre uma caixinha de boas lembranças, que temos no coração, da sonoridade dos melhores álbuns de Soundgarden, Stone Temple Pilots e Pearl Jam. Bandas que amamos e que Luna Waves exibe nesta canção: a atmosfera, a voz e os riffs melódicos deslizando no ambiente. Excelente.
“Street Hawkers” tem um balanço diferente e nos mesmo passo, entrega um teclado que guarda um sorriso no canto da boca, cintila e é muito charmoso, já, “Golden Promise”, exibe belos dedilhados, conectando delicadeza a uma atmosfera contemplativa. O uso do sintetizador proporciona a “Nocturnal Teens” uma jornada musical sensível e profunda, destacando a natureza de introspecção que a música de “Bruised Gold” pretende.
Poderíamos continuar descrevendo uma a uma, mas preferimos deixar que o ouvinte descubra as maravilhas deste álbum. Confira o excelente trabalho de Luna Waves, em “Bruised Gold”. Aproveite.
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