Swept To Sea lança álbum de estreia “Lost Shores”

O Swept to Sea vem de São Francisco, na Califórnia. Um cenário que, quem acompanha o heavy metal há tempos, sabe que bandas importantíssimas, principalmente do thrash metal, surgiram de lá. Uma delas é o Metallica, maior banda de heavy metal da história que, naturalmente liderou o cenário que se chamava ‘Bay Area’.

Pois bem, isso pode gerar alguma expectativa no cara que vir de onde eles vieram antes de ouvir o som. Além de colocar uma certa responsabilidade naquilo que a banda entrega, mesmo eles tendo certa experiência naquilo que propõe. Ou seja, são as vantagens e desvantagens de vir de uma cena conhecida.

Mas, o quarteto norte-americano, formado em 2022 (isto é, uma banda relativamente nova), sabe onde pisa e entrega somente alguns poucos elementos do thrash tradicional de sua terra. Eles chegam agora ao seu primeiro disco cheio e tendo uma proposta mais atual, porém tão agressiva quando o estilo de vanguarda.

Os caras investem no metalcore, porém na faceta mais técnica e agressiva do subgênero. Nas 11 faixas novas, eles não dão espaços para vocais limpos em refrãos melosos, muito menos para um instrumental melodramático com ascensão ao pop. Quando mesclam com outros estilos, simplesmente flertam com o próprio e mencionado thrash metal, mas muito mais com o melodic death.

Daí que “Lost Shores”, nome do mais novo trampo, entra ganhando o jogo. O ouvinte de música pesada pede isso, agressividade, técnica na media e peso. O que dão conta facilmente nos pouco mais de 40 minutos de brutalidade.

Antes de lançar o debut, a banda soltou no ano passado quatro singles e todos estão presentes no disco. As prévias deixaram uma boa impressão, sendo elas “Exit Interview”, que abre o trabalho magistralmente, a épica “The Echoes of Goodbye”, a versátil “Shattered Glass”, além da alternativa e de riffs modernos “Who We Are”. Todas justificando porque foram escolhidas como cartão-de-visitas.

Só que o disco saiu melhor que a oferta, afinal de contas músicas como “False Affections”, com sua melodia sombria e objetividade, e a praticamente deathcore “Nowhere To Run”, com seus riffs ‘metralhadoras”, adicionam ainda mais peso e qualidade ao trabalho.

Trabalho que tem como premissa riffs maciços de guitarra, bateria que explora os bumbos duplos sem economizar, que ganha ainda mais vibração com auxílio do baixo e vocais guturais versáteis dentro da proposta. Tudo com sintetizadores discretos ao fundo, que servem como o principal tempero desta receita. Magnífico!

https://linktr.ee/swepttosea

Digite o que você está procurando!