É como propôr ao espectador a tentativa de se imaginar flutuando perante a imensidão interminável do espaço. Leve, sem qualquer tipo de preocupação aparente e na companhia de seu próprio inconsciente, o ouvinte acaba vivenciando a máxima vivência da introspecção e, também, daquilo que se tem como conceito de intimismo.
Como em um processo contínuo de autoconhecimento, a sonoridade sintética levemente borbulhante que recebe a audiência lança no ar a possibilidade do torpor. Surpreendentemente, tal convite é amplificado quando a linha lírica passa a ser moldada pela voz aveludada, rouga e levemente aguda de Andrea Pizzo. Por meio dela, o ouvinte não tem escapatória a não ser se lançar perante o profundo senso morfinesco.
O interessante, nesse ínterim, é observar que a maneira com que Andrea pronuncia as palavras do enredo lírico, somada à cadência rítmica do beat, favorece a percepção sensorial de uma embrionária, mas perceptível, sensualidade. Por meio dela, Hidden Figures, ainda que banhada por uma atmosfera sintética, ganha um bem-vindo senso de fluidez. E é exatamente esse o fator que coopera positivamente no movimento narrativo adotado pela cantora enquanto conta a história da ciência e da tecnologia. Dessa forma, a canção fica marcada não apenas pela sua aptidão no campo do storytelling, mas também por trazer uma melodia sci-fi que contribui com a atmosfera digital e tecnológica.
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