A música abre espaço para diversas ideias, a prova disso está nos vários elementos que artistas introduzem em sua arte destacando o folk, música latina e oriental. Sam Edelston entende essas possibilidades, pois ele próprio trouxe a novidade de introduzir o dulcimer no rock. O resultado foi o lançamento do álbum “Making Waves”, cujo carro chefe é esse instrumento exótico. A melodia desse peculiar objeto de cordas é doce e aveludada, própria de músicas de ciranda e clássica. No entanto, caiu muito bem nas quinze músicas próprias e versões desse disco, mérito de uma inteligência ímpar de criação. Essa é o tipo de viagem que você terá prazer em fazer.
A primeira música, “Looking at the Waves” já impacta em nossos ouvidos com acordes empolgantes, embora os vocais sejam suaves. Além das músicas com letras, as instrumentais se destacam pela virtuose e climas moderados como em “Wild Horses” dos Rolling Stones. Agora, é impressionante que em execuções como “She’s Always a Woman” e “Sweet Caroline”, o artista consegue reproduzir o efeito de uma guitarra com todos os seus timbres e seus valores. Toda via, outras como “Me and Julio Down By the Schoolyard” chama empolgação que toma formas mais quentes, como um folk cheio de energia ao destacar tanto os acordes como os solos.
O ápice da melodia está representado em “Colour My World”, apresentando uma linda versão com Teddy Parker. Em seguida, outra versão bem peculiar ao estilo de Edelston está no clássico dos Beatles “Please, Please Me”, destacando um ritmo mais country. Em um momento mais pesado, “Call Me” ganha mais elegância no dulcimer de Edelston. De maneira idêntica, “If I Can’t Get to You” chega pedindo passagem com um perfil feliz. Mais adiante, “Lucy in the Sky with Diamonds” nos dá uma ideia de que Beatles é uma das bandas preferidas de Edelston.
O que a versão para “Ace of Spades” do Motörhead pode nos dizer, é que o dono desse álbum é bastante versátil enquanto seu gosto musical. Obviamente, não poderia faltar algo bem desafiador para qualquer cover musical, como “Bohemian Rhapsody”. Já “Born to Run” contempla a sessão animada do álbum, assim como “You and Me on the Rock”. Para finalizar, outra versão para a canção própria “Looking at the Waves” fecha o álbum como instrumental, mas linda, embora curta. Mais do que curioso, o álbum “Making Waves” é uma experiência agradável e desbrava novos caminhos para a música moderna.
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