“Creep”, um dos maiores hits dos britânicos do Radiohead, não só explodiu a banda com seu disco de estreia, “Pablo Radio”, de 1993, como também se eternizou entre os maiores clássicos do rock alternativo de todos os tempos. Sua aura triste, de autopiedade e drama intenso, além da melodia espetacular, a transformaram em um lamento de uma geração. Logo, não estamos diante de uma composição qualquer.
A cantora Natalie Jean, o guitarrista Noshir Mody e o produtor e multi-instrumentista Brian Sargent se uniram para gravar uma versão magistral dessa beleza da arte contemporânea e conseguiram um resultado fenomenal.
Sim, estes premiados artistas correram riscos ao fazer uma releitura de “Creep”, mas a experiência e o cuidado que tiveram com a música foram primordiais para um resultado que acaba não sendo nem melhor e nem pior que a original, até porque melhorar “Creep” é impossível, assim como piorá-la. Logo, a versão do trio é diferente!
A faixa mantém a guitarra alternativa, mas com um dedilhado diferenciado, que devagar ganha a companhia de sintetizadores eruditos, que crescem e explodem em orquestrações, enquanto a cozinha dita o ritmo com precisão. Natalie encaixa sua voz jazzística magistralmente, e além do drama já conhecido, a faixa ganha uma beleza extra. Uma das melhores versões de um clássico já feitas.
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