Seu despertar é agraciado por uma atmosfera delicada, doce, minimalista. Junto com o piano e sua estruturação suave, a voz de Ash Morse entra em cena desfilando sutileza, toques de veludo e fragilidade no processo de desenho do enredo lírico. Curiosamente rememorando a paisagem de Don’t Stop Me Now, single do Queen, a faixa explora certo grau de romantismo clássico através de sua melodia.
O interessante, aqui, é perceber como Morse consegue fazer, a partir de um número restrito de elementos, com que o sentimentalismo presente no enredo verbal consiga exceder os limites do som e capturar o emocional também do ouvinte. Através dessa atitude, a versão acústica de The Mice Have Gone Mad Again entorpece calorosamente o espectador.