Gitkin: guitarra e world music se unem em novo álbum

Brian J Gitkin, cantor, compositor e guitarrista, é o nome que comanda o Gitkin. Já integrou nomes como Cedric Burnside, Corey Henry, Pimps Of Joytime, entre outros, além de absorver coisas de referências que vão do pop, classic rock, passando pela world music, blues, jazz. Isso moldou sua identidade e ele entrega um pouco disso neste seu mais novo álbum, “Golden Age”.

Trata-se de um disco que acaba de sair do forno, soa atemporal e é multifacetado. Porém, ele tem um foco. Com sua guitarra versátil, Gitkin incorpora cumbia, música do norte da África e do Oriente Médio com uma abordagem única e muito original.

O resultado é 10 músicas em meia hora, onde ele entrega um trabalho instrumental do qual consegue preencher tanto, que não sentimos falta do vocal em nenhum momento. Tudo com uma produção orgânica primorosa, bem lapidada, que nos permite captar cada detalhe dos ricos arranjos.

A primeira faixa, “High Noon”, foi mais que uma escolha acertada para abrir o disco. Sim, porque ela praticamente traz todos os elementos que podem resumir o álbum. A música une o ritmo latindo com uma essência oriental, além de ter uma melodia conduzida por uma guitarra digna do ‘western spaghetti’.

Outro destaque, “Cumbia-ya” o nome já entrega. Mas precisamos falar da habilidade de Gitkin em sua guitarra, bem descontraída, além do ritmo percussivo cativante, que simplesmente denuncia o conhecimento de causa. Difícil ficar parado ouvindo uma música como essa, mas mais difícil ainda é descobrir como se dança (risos).

Precisamos falar de “Go Time”. Uma das melhores músicas do disco, com um mescla country e blues na guitarra, a música prima pelo seu dinamismo, mas, principalmente destaca a participação do tecladista palestino Simon Moushabeck, que insere um órgão fundamental à música, com um solo de tirar o fôlego.

Claro, nem tudo é descontração e dança, e o Gitkin sabe entregar introspecção também. E isso fica por conta da belíssima e vibrante “El Gran Camino”, um blues com toques de lounge, que conta com vocais esporádicos, nos remetendo ao R&B setentista e trazendo um baixo muito bem executado. Ouça ainda a seguinte “The One” com seu ritmo e guitarras hipnotizantes!

Mas, fica a dica, em meio aos turbilhões de música pasteurizada, “Golden Age” é praticamente um oásis, além de trazer uma autonomia necessária nos tempos atuais, pois pode também soar como música ambiente. Se gosta de música em geral e diferenciada, vá com fé!

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