Com Flight Of The Phoenix, Rawyrah convida o ouvinte para uma profunda narrativa sobre autodescobrimento

Algo crescente é percebido por meio de um sonar enigmático. Nele, existe uma espécie de energia acumulada represada prestes a entrar em uma ebulição incontrolável. Quando atinge seu ápice, tal presságio é confirmado. A introdução acaba mergulhando em uma atmosfera que mistura elementos sinfônicos com a postura vivaz e imponente do rock.

Por meio de um metal sinfônico explosivo e adocicado graças à contribuição do teclado na base melódica, a obra sai de uma densidade ardente e intensa, para um momento que, apesar de trazer requintes surpreendentes de calmaria, deixa o espectador em alerta. Na companhia de um piano de postura doce e um violoncelo dramaticamente choroso, uma voz feminina de timbre operístico entra em cena. E o curioso é perceber que, enquanto ela desenha a camada lírica, um sonar agudo e adocicado vindo da flauta, surge como o canto de um pássaro polinizador voando no centro de uma floresta sob um céu diurno.

Favorecendo, assim, uma mistura interessante para com a temática do folk, a canção engata uma crescente a partir do momento em que os violinos diminuem o intervalo de seus sonares curtos e a bateria produz golpes precisos e fortes, indicando, assim, uma transformação. É então que o power metal é identificado como protagonista estético, dividindo generoso espaço com os já identificados metal sinfônico e folk. Com essa receita, o Rawyrah faz de Flight Of The Phoenix muito mais do que uma narrativa de autodescobrimento. Ela trata sobre encontrar um propósito, explorando uma viagem metafórica em torno da libertação de limitações auto-impostas.

Mais informações:

Spotify: https://open.spotify.com/artist/074YQD7t7AebKwwMXmcItm?si=3_1C9BePSmmC9TrMIE5Fyg

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