Seu desenho melódico é macio e suave graças à união entre o timbre do vocalista e a forma como a guitarra se movimenta em seus momentos iniciais. Garantindo uma ambiência estética embriagante, a obra conta com um beat bem marcado que sugere uma fluidez rítmica amaciada, ainda que precisa.
Com essa estruturação rítmico-melódica, Marvin Brooks traz consigo um enredo lírico pronunciado na estética rap, o que cria um bom contraponto enérgico-sensorial para com a adoção do neo-soul como gênero musical base de Best Life. O interessante, nesse ínterim, é que os subgraves, ao invés de trazerem um quê de brutalidade, apenas cooperam com a noção de consistência rítmica.