Todo mundo sabe que a inteligência artificial é a fermenta tecnológica em voga atualmente em todos os sentidos. Sim, porque hoje em dia, a conhecida aqui como IA é discutida, investigada, pauta, política, enfim, está no esporte, na sociedade, nas artes, nas notícias e em tudo mais que a gente puder imaginar.
E, como toda ferramenta tecnológica disponível aos humanos, trata-se de algo que veio para o bem, mas tem sido constantemente utilizada para o mal. Fake News, textos falsos, edições de imagens caluniosas, enfim, mais um pretexto para o lado negativo do instinto humano. Mas, se bem utilizada pode gerar bons frutos.
Caso duvide do final do parágrafo anterior, temos aqui um grande exemplo de como a IA pode ser bem utilizada. Afinal de contas, além de tema é uma das ferramentas usadas pelo produtor e artista IQ The Prodigy. Ele usufruiu e falou dos recursos em seu mais novo álbum, que acaba de sair do forno.
Trata-se de “AI vs IQ”, um trabalho que tem como tema central a intersecção entre a inteligência artificial e o intelecto humano. Além disso, no disco, para sua instrumentação, IQ utilizou um programa de batidas chamado SoundRaw, que é um recurso já gerado pela IA. E as 10 canções trazem títulos inspirados em termos dos domínios da IA e da tecnologia, refletindo essa coesão temática que permeia todo o álbum.
Mas, se o leitor (futuro ouvinte) imagina algo fora do comum ou muito artificial, se engana. Estamos diante de um trabalho que traz muito do hip-hop, principalmente com foco no rap e trap, além de leves toques de R&B e um tempero pop que deixa tudo mais abrangente.
Um dos grandes exemplos disso são as faixas em sequência “Art Official” e “Regenerate”, que traz uma batida cativante dentro do estilo, além de soar até bem mais tradicional que muitas coisas que ouvimos de rap/trap por aí.
Claro que o trabalho não se resume a essas únicas canções, inclusive o ‘tracklist’ é bem equilibrado, sendo que nenhuma canção se sobrepõe muito a outra, muito menos ficam abaixo. Porém, há algumas que chamam mais atenção.
Além das mencionadas, ouça a emocionante “Chat TBP”, o rap diferenciado de batidas cativantes “Voice Recognition”, além do pop cheio de grave de “Algorithm”, uma das composições mais bacanas do disco. No mais, fica aqui, mais uma vez, a prova que um recurso tecnológico bem utilizado gera frutos excelentes!
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