Um verso lírico monossilábico e repetitivo em sua forma trotante é o elemento que serve como abre-alas do cenário ainda em formação. Curiosa e interessantemente, apenas por esse ingrediente o ouvinte já adquire uma ligeira noção de movimento, de qual gênero musical a canção será expoente e da intensidade da sensualidade melódica.
Dando embasamento às impressões iniciais, um beat amaciado surge amplificando a identificação da cadência rítmica desenhada para a canção. Através do sintetizador, o Emmanuel And The Unlimited Consciousness passa a mergulhar o espectador em uma sonoridade ácida e ondulante cujo caráter é hipnótico e manipulativo.
Surpreendendo aos ouvintes, Cold Blood não fica focada apenas nas questões sonora e melódicas. Ela passa a receber, também, versos líricos. Narrada por uma voz delicada, mas de essência gélida vinda da cantora, a canção, a partir da interpretação lírica assumida, começa a experienciar requintes de uma sensualidade fria, mas curiosamente contagiante.
De refrão monossilábico e, conforme vai tendo evolução em sua estrutura, uma experiência na fusão do synth-pop em sua receita melódica, Cold Blood é uma canção de essência incontestavelmente entorpecente. É assim que o Emmanuel And The Unlimited Consciousness desenha um cenário noturno, curiosamente soturno, mas regido por tons densamente místicos.
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