O ambiente é sombrio. Não há predominância de luz, seja ela natural ou sintética. Ainda que não seja possível observar o ambiente com clareza, a percepção de que existem seres de um cinismo carniceiro à espreita é evidente. A partir dessa conclusão, a insegurança, o medo e a tensão passam a fazer parte do emocional do espectador.
Enquanto isso, algumas sonoridades preenchem o cenário como forma de hipnotismo imposto. Sonoridades semelhantes àquela do chimbal se posiciona na base rítmica proporcionando uma ligeira noção de movimento, enquanto aquilo que parece ser um riff de guitarra soa como uma cascavel observando, da escuridão, sua presa.
Mantendo uma linearidade estonteante, Tashkent Club Fire começa a evidenciar qualidades sonoras que ambientam o ouvinte em um cenário curiosa e aparentemente oriental. Contudo, esse traço do oriente não encaminha o ouvinte para o óbvio. Afinal, a forma como o banjo se movimenta, encaminha, amaciadamente, o público para lugares como Turquia ou Armênia.
O curioso é que, enquanto isso acontece, o violino entra em cena não trazendo uma suavidade transcendental, mas, sim, traços de uma sensualidade quase libidinosa por conta de sua melodia rebolante. É com essa estrutura de múltiplas sensorialidades que Marc Soucy constrói essa obra instrumental que é Tashkent Club Fire.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/4nm5Jtn4t52SZApGWjwz2d
Site Oficial: https://marcsoucy.com/
Twitter: https://x.com/MarcSoucyMusic
YouTube: https://www.youtube.com/@marcsoucymusic
Instagram: https://www.instagram.com/marcsoucymusic
Tik Tok: https://www.tiktok.com/@marcsoucytm