Sam Louis constroi um verdadeiro espaço paralelo em seu álbum “8 Ball”

Depois de passar por diversas experiências na música, o cantor Sam Louis de Toronto (CAN) entrega ao ouvinte o seu novo álbum completo, chamado “8 Ball”. O estilo do cantor é similar ao que faziam grupos como New Kids on the Block e Backstreet Boys, porém moderno. Para citar exemplos, a primeira música “Part of The Problem” já expressa isso, pois temos aqui boa melodia vocal, ritmo dançante e uma pontinha de ‘dance music’. Essa última característica é o que distingue a obra desse cantor ao sucesso dos grupos citados. De certa forma, sabemos que esse balanço mais hip-hop está contido mais em bandas atuais de trap, por exemplo.

E por falar em modernidade, músicas como “Faded Jeans” gritam pela nova escola. Composta em parceria com Andre Mohring, que também está envolvido na produção deste álbum, essa canção externa muito poder nas batidas. Bases como essa acabam se tornando na música de Louis uma espécie de marca registrada, mas o andamento melodioso das músicas procura tomar uma direção contrária. Nesse caso, o artista trabalha sempre unindo esse contraste da maneira mais harmônica possível, e deu tanto certo que as músicas com refrãos mais melódicos e batidas mais fortes são as melhores no álbum.

Algumas canções como “Like A Drug”, possuem climas melancólicos, no entanto, a estética sonora na terceira faixa é marcante e suave. A música se inicia com um efeito nebuloso, servindo de cama para a voz aveludada de Louis. Em instantes, aquilo que surgiu como melancolia se torna mais épico com o surgimento de um grande coral. O que também se torna bem encaixado, é o arranjo final com elementos clássicos adornando a canção com mais beleza. Nessa música, o artista mostra versatilidade na voz ao alternar técnicas limpas com falsete, jogando assim mais dinâmica e harmonia ao som.

Com distribuição digital pela Shamus Records Inc., “8 Ball” possui músicas como “Chemical”, onde a parceria entre Sam e Andre abre espaço também a Greg Smith, que é mais um coautor e produtor. A música, no entanto, beira o impacto do rock’n’roll com suas batidas fortes, além de boa execução de sintetizador. Com um início tímido e introvertido, “Chemical” não diz a que veio, pois após sua introdução de tom soturno, começam as batidas explosivas que passam a dominar o pedaço. Com Louis colocando muito de si em cima da instrumental, a melodia vai formando a personalidade da música com bastante sagacidade.

Na sequência, o álbum cede espaço à música “Burnout”, que tem uma execução de batidas mergulhadas no groove. Mas outras qualidades cercam a canção que teve colaboração de Jordan Best na produção, além da própria concepção junto a outras pessoas. E, ao aprofundarmos mais nessas qualidades, nos deparamos com um solo sensacional de guitarra que se estende aos teclados, formando um interessante dueto. Além disso, a canção em si já nos emite grande energia que, após canalizarmos em nossos ouvidos, nos arrasta para uma grande viagem. Pena que essa sensação só dura pouco mais de dois minutos. Aliás, “Burnout” é o título de menor duração no disco.

A sucessora “Legacy” tem suas propriedades que também chamam atenção. Com uma estrutura bem mais moderada, a canção que tem ótima performance vocal e alguns efeitos de overdub, parece ser o ponto de equilíbrio do álbum que apresenta músicas empolgantes, virtuosas e melancólicas. Aqui, Louis dá destaque a própria voz, pois uma pequena base de fundo com arranjos e batidas de sintetizador, apenas deixam a sua desenvoltura em maior evidência. Aqui, ouvimos uma amostra generosa do potencial desse canadense que, neste álbum, trabalhou com o engenheiro Gabe Gallucci (Shawn Mendes, Johnny Orlando).

Para recuperar aquela vibe mais pesada, “Make It Alone” chega na sequência com muita personalidade e rapidez nas batidas. Aqui, a penúltima música de “8 Ball” traz de volta as influências de rock do cantor, após explorar majoritariamente o pop e hip-hop. Mas como havia dito antes, esse é um artista versátil e mudanças de direcionamento sonoro não lhe configura indecisão e, sim, domínio da arte. O conjunto dessa obra pode levar você a ter várias opiniões sobre Louis, pois como suas criações mexem com o fator psicológico, ficam abertas, assim, janelas para você descobrir em qual mundo ele te levou.

Enquanto isso, você pode conferir o videoclipe oficial da última música do álbum. Trabalhada em poucas tomadas, a versão em vídeo de “Don’t Wanna Be Saved” foi produzida por Angelica Valente e dirigida pela Spaced Visuals. A ideia que passa é que Louis está recluso em seu subconsciente, como uma pessoa niilista e misantropa. A escolha dos movimentos e cores casam perfeitamente com a melodia da canção, que nos lança em um enorme espiral, nos puxando cada vez mais ao fundo. Resumindo, Sam Louis registrou neste álbum detalhes do que muita gente sente por ai, em relação a convivências, amores, dores e paixões.

Ouça “8 Ball” pelo Spotify:

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