Bird Machine estreia com trabalho primoroso e de diversos teores

Formado pelo casal Jenna e Luke Grbin, o grupo neozelandês Bird Machine lança este seu primeiro trabalho. Em formato de EP, o disco autointitulado tem uma fórmula conhecida, mas surpreende durante suas cinco composições distribuídas em pouco mais de 24 minutos.

Isso porque “Bird Machine” é um trabalho que inicialmente exala certa introspecção, mas isso fica na impressão inicial. Logo, mesmo não apresentando uma sonoridade complexa para o ouvinte, prova que é necessário ouvir o EP mais de uma vez, para se atentar em seus detalhes e aspectos diferentes que ele demonstra.

“Bird Machine” tem o seu teor alterado conforme o momento que o ouvinte vive, podendo soar diferente uma hora depois de ouvido. É como se fosse um perfume, que tem o cheiro diferente conforme o teor da pele de quem o usa. Pode parecer mais introvertido, outra hora romântico e em outros momentos mais descontraído.

Isso porque é uma mescla equilibrada do folk entre o indie rock, mas não fecha o seu leque, muitas vezes apresentando elementos do rock alternativo e dream-pop, principalmente em sua dinâmica (no primeiro caso) e o ar atmosférico (no segundo). Destaque para a bela voz de Jenna e as guitarras dedilhadas tão características do projeto. Requer atenção e fica viciante a cada audição.