Os chiados da caixa da distorção servem como um intrigante abre-alas que comunica uma despropositada mistura inicial do lo-fi no escopo melódico ainda em formação. Quando a caixa da bateria ressoa precisa em sua estridência indolor, a canção mergulha profundamente em um ambiente distorcido, sujo e ligeiramente lúcido.
Suja, áspera e embrionariamente melancólica, a melodia não esconde sua base sonora calcada no grunge. Intensa, densa e até mesmo sinistra, Mariposa informa as grandes influências na construção do som do Bacará, o qual tem ingredientes que indicam icônicos nomes como Nirvana e Alice in Chains. Como traço de autenticidade notável está a mistura do stoner rock em seu toque cru vindo diretamente de um baixo que se destaca nas camadas melódicas pelo seu riff grave e estridente.