Seu início é de uma ambiência adoravelmente infantil. Leve, sereno, descompromissado, despreocupado e ingênuo. Com poucos elementos, ele consegue fazer o ouvinte até mesmo identificar notas despropositadas de nostalgia por entre as esquinas sonoras agudamente tilintantes.
De ritmo amaciado e doce, a canção traz, como guia verbal, uma voz que surge com um timbre quase angelical, mas um angelical diferenciado. Kelsie Kimberlin surge nessa canção com uma narrativa que transmite ao ouvinte não apenas um senso de compaixão ausente de drama ou condescendência. Ela vem com educação e uma gentileza que transcendem o limite lírico e passa a ser sensitivo por parte do ouvinte.
Na forma como se faz presente, Kelsie, inclusive, faz com que Twinkle soe como uma cantiga não apenas educacional, mas, principalmente, motivacional e, acima de tudo, encorajadora. Afinal, em tempos em que países ainda são governados por pessoas de personalidades fascistas, conservadoras, autoritárias e ditatoriais, certas escolhas precisam de muito pulso para serem consagradas.
E em Twinkle, música que narra a realidade de uma garota trans de 12 anos, Kelsie chega com a função de mostrar que ela é igual a todos e que suas diferenças são cintilantes. Nesse processo, a cantora espalhou pelo enredo lírico uma série de versos de peso como “you’re not a mistake” e “all your contradictions, they are what you are” para serem ressoados no inconsciente como uma espécie de educação por repetição.
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