Ela tem seu nascimento de forma doce e fresca. A partir da maciez com que o violão se movimenta, a canção ganha toques florais e um dulçor igualmente primaveril, mas com requintes de outono. Com o auxílio da textura do chocalho, sem qualquer menção de brutalidade, a música já vai conquistando, com serenidade, seu contexto rítmico de forma aveludadamente fluida.
Quando a gaita entra com seus gritos adocicadamente ácidos, o ouvinte passa a ter certeza em se tratar de uma composição do espectro folk. Afinal, adornada por tal harmonia típica do gênero, a canção vai assumindo silhuetas encantadoramente delicadas. É nesse momento que Cory M. Coons entra em cena, inserindo seu vocal igualmente típico em seu timbre anasalado e fanhoso.
Tento nos batuques ocos e pontuais do bongô como elemento a delimitar de maneira mais nítida seu compasso rítmico, White Picket Fence transpira aromas nostálgicos, mas também confortavelmente caseiros. É como se o ouvinte conseguisse sentir o aconchego do lar longe de casa. Apenas pelas memórias afetivas.
Consciente de tal capacidade, Coons constrói White Picket Fence como uma forma de não apenas rememorar e tentar sentir as emoções que o aconchego do lar tem a oferecer, mas de conseguir reproduzir, em melodia, aquele estado adoravelmente infantil e puro de estar descobrindo a vida ainda na companhia dos pais. É a sensação da proteção e do descobrimento juntas em uma sinfonia de desejos nostálgicos por reencontrar essa simplicidade, essa pureza quase transcendental.
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