O arrebatador álbum “tech noir v.1” cria uma atmosfera particular e envolvente, crescendo em intensidades, enquanto segue o fluxo dos tons, destacando uma trama saborosa que acompanha os contornos do estilo noir, em ondas de jazz, robustas e distópicas, nos fazendo confundir as luzes neon, como as vibrações do tempo.
Poesia destilada em nuances do expressionismo alemão, que remodela a realidade gritando uma infinidade de emoções por todos os lados, sem o uso habitual de cores marcantes, mas se apropriando da monocromia para fazer as brilhar, cálidas e gentis, até que os sentidos sejam completamente dominados pela curiosidade e pelos instintos de conexão.
Colin James Gordon e Thomas Molina, criam 12 faixas de pura imersão, nos fazendo transitar por ruas de fria apatia social, corações insensíveis e cores neon que nos afastam dos tons naturais e vibrantes de nosso mundo.
Os sons agem como carícias sensoriais, com cada composição contando parte de uma história hipnotizante, marcando os caminhos da pele como as ondas de desejo que anseiam pela alforria, para iluminarem o céu e pensamento dos vagantes do destino.
O álbum, é uma peça única e sedutora, nos permitindo admirar as ações de um protagonista que se direciona para a cena de um crime, sendo ele, um detetive noir clássico, irá se deparar com emoções e situações que fazem sua atmosfera habitual ser revirada, confundindo e intensificando os caminhos trilhados.
No ambiente que o álbum segue, nos perderemos, cativos pela aura melancólica e apaixonante de um existir ardente por libertação.
Enchendo o ar com segredos e sensações, produzindo uma atmosfera encantada, noturna, vintage e meio monocromática, que parece extraída das cores elementais de nosso DNA, onde a percepção se funde na matéria e nos faz enxergar uma aura de desejo que paira na cidade silenciosa, densa e que mostra sinais de vida como um peito a pulsar durante o sono.
Esquadrinhamos o quadro futurista, e, ao mesmo tempo, recheado de saudades, seguindo pistas e sensações que nos levam para o entorpecer transmitido por um olhar, que pode ser chamado de amor ou paixão, mas transforma a percepção em um frágil e autentico cristal de vida.
“its always”, “em route”, “pursuit of an assailant”, “love theme”, “watching tiktok and lusting after unattainable women”, “lite brite”, “its true”, “interview with a killer”, “revealed in a dream”, “…and the killer walks by” e “tiktok reprise”.
Tendo, “a love, never really had, is lost”, décima primeira faixa, a perfeita aura sensorial dessa dileção, nos faz mergulhar em escaldantes vibrações do querer, transcrito na alma, destacando somente o vermelho carmesim do coração, envolvente por natureza, soturno como o silêncio da chuva.
Nos desfechos e contornos desse som, nos encontramos cativados, mantendo seus sabores no peito, durante muito tempo, sentindo que deveríamos voltar para desvendar novas ondas de segredos.
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