Saint Pacific entrega disco versátil e cheio de identidade

A cabeça pensante por trás do projeto Saint Pacific é de Nate Smith, artista de Los Angeles com mais de 20 anos de experiência. Ou seja, além viver num cenário muito prolífico da música, ele tem experiência de sobra. Isso pode trazer dois sintomas, o primeiro é de que estamos diante de algo provavelmente incrível ou podemos nos decepcionar se criamos expectativas em cima dessas qualidades.

Mas, sem problema algum, estamos diante de um trabalho que descarta facilmente o segundo sintoma. Isso porque “Blue”, nome do disco, é um álbum impressionante, bem estruturado, com produção equilibrada e acima da média, além de ter uma a boa dose de versatilidade, porém com uma assinatura.

A versatilidade do disco no que diz ao conceito musical, fica para a variação de andamentos e clima das composições. Já a assinatura consiste no que o trabalho é focado, e sem dúvidas, “Blue” se enquadraria perfeitamente no conceito de rock alternativo. O flerte maior é com a música americana.

O equilíbrio entre as 11 composições, que se distribuem em pouco mais de 43 minutos, é outro fator positivo. Incrível como em momento algum a qualidade do álbum cai e isso se deve também à objetividade das canções, que têm em média 3 minutos e meio.

“Maybe This Time” abre o disco com a bateria ditando o ritmo, uma guitarra furiosa e um baixo pulsante, tudo tendo um órgão clássico de cama. A faixa dá as boas vindas trazendo um rock abrangente, onde o ouvinte irá encontrar elementos do alternativo e classic rock já de cara.

“Down By The Water”, outro grande destaque, vêm em seguida mostrando uma mescla bem interessante de grunge, blues e country. A faixa mantém as características alternativas, as guitarras empoeiradas, mas adiciona elementos dos estilos mencionados e ainda traz um trabalho de ‘backing vocals’ primoroso.

A sombria “Carl Jung” é outro grande destaque. Primeiro porque ela é uma balada, mas não muito romântica e, segundo porque não é piegas e traz um leve ar soturno em sua levada mais que interessante.

Ainda há outros destaques, tais quais como “Old Man” e sua veia folk com direito a acordeom, e “Last Kind Word Blues”, que traz um ar mais introspectivo, porém carregado de emoção e mistério. No entanto, há tanta versatilidade em “Blue”, que o conceito de relativização aumenta e a cada ouvida a gente descobre ainda mais qualidade no disco. Mergulhe fundo nesta maravilha!

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