A personalidade da banda No Signal se destaca ao longo das 16 composições que compõem o álbum “Distorted Reality“, pavimentando-se nas nuances do rock e suas variações, construindo cenários e alimentando a consciência com notas reluzindo em um cristal atemporal.
Conectivamente, o jogo rítmico se desdobra ao mostrar as formas que a guitarra, bateria e companhia podem se expandir e contrair, permitindo ao vocal, liberdade para transcender os padrões e apresentar contornos de sua própria fisionomia.
Traços robustos e eletrônicos, também se inserem na aventura, elevando o conceito de tempo e lugar, com a transição entre cenários distópicos e utópicos, que só desejam te fazer entender as marcas de ações e reações.
Plantando uma atmosfera digna de grandes obras cinematográficas, a disposição das faixas, cria camadas de sensações que atiçam a imaginação, afundando-a na trama da vez, como se fossem cenas de uma mesma história assistida.
Fluindo em mecanismos de transmissão de conceitos, os versos refletem detalhes atemporais de histórias cativantes, que, completam umas às outras, em sensações e intensidades, como um filme épico dividido em vários capítulos, cada qual com sua cor.
Algumas reflexões são despertas e criam consciência, conversando com o ouvinte através das palavras e brilhos provenientes de nossa mente.
De maneira instigante, podemos nos imaginar como andarilhos no deserto, buscando ruínas e provas de culturas perdidas, que em dado momento, encontramos um baú de tesouro com pequenos cristais, descritos em lendas como possuidores dos poderes e conhecimentos dimensionais da existência.
Então, ao iluminarmos um por um, adentramos na magia mística contida em cada som dessa envolvente preciosidade, absorvendo assim, os fragmentos que deixarão a alma mais forte e sólida para encarar os mundos desestruturados que costumamos visitar.
Propositalmente, ou não, a obra nos ensina o processo de se preparar para a vida social, atentando a mente para todas as oscilações que podem aparecer e garantido que saiamos ilesos em confrontos.
Conceito reforçado pelos pensamentos injetados em “Jane”, “P S D”, “Distorted Reality”, entre outros sons, que se espalham pela essência humana, garantido que não sejamos mais os mesmos ao absorver completamente essa experiência sonora.
Outros enlaces e significados podem ser percebidos no fluir de “entropele”, “Euclidean Sunrise”, “C&B”, “Embers”, “Prelude”, “Transition A”, “Phosphenes”, “Cloud 1”, “Stranger”, “liminal”, “???”, “departing” e “Kiri”, basta apenas que estamos inteiramente submersos.
Produtos rítmicos magnificamente modelados, são uma das percepções que adquirimos ao fechar das cortinas, entendendo que, a mistura de estilos e vibrações, quebram paradigmas e nos torna cativos do promissor talento desse grupo.
“Distorted Reality” uma obra recheada de poderes dimensionais e significados profundos.
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