Temos aqui uma das simbioses mais avassaladoras surgidas nos últimos tempos! “Liquidificador Sonoro” absoluto em altíssima instância, promovendo uma simbiose das mais furtivas perante gêneros díspares, mas com coesão em caráter de excelência. Apesar das referências claras, exaure personalidade pelos poros, denotando a poderosa identidade artística que emana deste projeto absolutamente irrepreensível em seu poderio! Os radicados em San Diego do SATANIC PUPPETEER ORCHESTRA chegam no ápice de sua maturidade musical neste mais recente lançamento em formato de álbum, o MAGISTRAL “Have an Existential Crisis”, um conjunto singular de catorze canções realmente incríveis.
Repleto de participações contundentes e um conceito que realmente impressiona pela cerebralidade emanada, não temos dúvidas que estará em todas as relações possíveis de “Melhores de 2023” ao final deste ano, porque realmente IMPACTA com seu turbilhão de possibilidades desprendidas. Temas como realidades alternativas, o significado da vida e universos paralelos, são discutidos em diálogo pleno com uma sonoridade que arrebata paradigmas tão instigantes quanto essa narrativa digerida. Discorreremos faixa a faixa abaixo sobre este acontecimento essencial para o atual panorama mundial musical:
“Pick ‘em Up” inicia os trabalhos trazendo exatamente o cerne da tônica que iremos encontrar pela frente: incisões poderosas de ska-rocksteady, mergulhando em preceitos mais enraizados nas origens jamaicanas e também “passeando” por diagnósticos da faze 2-Tone, quando os ingleses levaram o gênero para outras dimensões… Os vocais são ousados até a medula, discorrendo estigmas hipnóticos bastante sedutores remetem a um arquétipo futurista, como se a robótica assume a condução das palavras emanadas neste registro urgente e irrepreensível.
O feeling exasperado que acena para as pistas em “Better Days Than These”, nos faz repensar um contexto que beira a obviedade: já passou da hora de termos mais um “boom” planetário do SKA, não acham? Todos os seres humanos precisam ter acesso a essa experiência sensorial onde somos devidamente abduzidos para uma jornada sem precedentes!
A introdução que remete a ficção-científica sedutora de “Reboot The Simulation”, é devidamente “atacada” pelo groove irresistível emanado desta simbiose altamente original, de conceito louvável. O refrão é grudento e perfeito para ser emanado em altíssimo entusiasmo frente a uma multidão ensandecida, assim como a cama poderosa de sintetizadores em profusão se configurando em destaque primordial!
“Asking For a Friend” tem um arranjo de permeios ambient imersos em lisergia, com o protagonismo dos saxofones em duelo preciso com os synths e o estilo despojadamente irresistível das linhas vocais. “So Stuck” tem aquele estranhamento adorável chafurdado por essa camada ska-rocksteady “esfumaçada” e agradável em cada passo gradativo que acalenta nossa alma dentro do processo.
“The Mandela Effect” mantém a “pressão” musical deste álbum que se encadeia, mostrando que o contexto artístico é devidamente muito bem construído. Aqui linhas de órgão escrevem caminhos sinuosos, mas carregados de cores das mais vívidas em sua progressão!
“Rhetorical Questions” continua sua viagem rumo ao desconhecido INSTIGANTE, pois queremos ir até os últimos confins deste processo irremediável em sua condução. Urgente e precisa, este registro sintetiza MUITO o paradigma sinergético emanado em “Have an Existential Crisis”! Agora vamos as participações mais do que especiais na repaginação SENSACIONAL do processo…
“Pick ‘em Up” tem a companhia de Spencer Moody, arrebatando nos vocais de timbres belíssimos e tons exasperados na interpretação, onde algumas pitadas de efeitos-dub corroboram para outro patamar que já era impactante por si só. No mesmo estigma, Marie Haddad “faz miséria” em “Better Days Than These” com seu canto de técnica em níveis aprofundados e doses precisas de sofreguidão emocional e sensualidade. É realmente impressionante a nova perspectiva frente a um conceito que ainda estamos tentando digerir, tamanho o peso criativo emanado.
O paralelo entre vozes “robóticas e humanas” é realmente visceral perante as sensações explodidas em níveis estratosféricos mediante o ouvinte. Isso ainda é mais requentado no tratamento físico dado a obra, com quebra-cabeça no vinil e uma realidade fragmentada com óculos decodificadores vermelhos, trazendo ainda mais riqueza para esse sensorial que já se mostra prolífero até a medula neste projeto de rumos GRANDIOSOS.
Pall Jenkins traz para “Reboot The Simulation”, aquele espectro que remete a cena oitentista 2-Tone, trafegando por uma nuvem nostálgica e seminal em sua interpretação. “Asking For a Friend” é berrada das entranhas de Pat Beers, trazendo um ensejo soul imerso em efeitos simplesmente arrebatador! Jacob Turnbloom assume uma alcunha de “trovador” (estigma comum na música folk!) em “So Stuck”, mostrando que as contribuições nesta segunda parte, extrapolam os rumos da criatividade, e quem ganha subliminarmente com isso SOMOS NÓS!
Elena Fox expande melodias lânguidas em ecos absolutos e envolventes com seu canto na “The Mandela Effect”, enquanto Sean Tejaratchi traz mais groove com sua narração precisa na encore “Rhetorical Questions”. Só nos resta aplaudir de pé e berrar BRAVO para esta verdadeira obra-prima contemporânea, que fatalmente chegará aos recantos mais inóspitos do planeta, porque é ESSENCIAL e precisa ser degustada pelo mundo em toda a sua plenitude! Disponibilizado abaixo:
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